COMBATE A VIOLÊNCIA

Violência é qualquer constrangimento exercido sobre uma pessoa para levá-la a praticar algo contra sua vontade. Esse constrangimento pode ser físico ou moral com uso de força e coação. Os efeitos causados pelas agressões vão além dos danos físicos, pois não se restringe apenas a forma física, mas também a verbal, psicológica, bullying, cyberbullying entre outras, com isso danos graves afetam o psicológico da criança, deixando sequelas (SANTOS JUNIOR, 2014). Portanto, “a violência é violação da integridade física e psíquica, da dignidade humana de alguém” (CHAUÍ, 1995, p.337).
No momento atual, a violência é um fenômeno que se observa com frequência crescente em todos os domínios da vida social. Esse fenômeno também ocorre na escola, onde professores e alunos vivenciam no seu cotidiano diferentes formas de violência (GONÇALVES et al., 2005). Exemplos de atos considerados violentos por professores e alunos são descritos por Laterman (s/a), sendo estes: agressão verbal entre alunos e alunos e professores, brigas com socos, empurrões e pontapés, furto de material escolar e ameaças entre os alunos. As brigas cotidianas ocorrem em qualquer lugar dentro da escola, inclusive durante as aulas, mesmo com a presença do professor. Os motivos das brigas são banais, fofocas, mal-entendidos, algum bem material (relógio, por exemplo), fatos ocorridos fora da escola, namoros, brincadeiras agressivas, entre outros.
Visto que a escola é o espaço por excelência em que o indivíduo tem possibilidades de vivenciar de modo intencional e sistemático formas construtivas de interação, adquirindo um saber que propicie as condições para o exercício da cidadania (GONÇALVES et al, 2005). Fica claro a necessidade de se discutir a temática violência que é tão presente na realidade das escolas.
Pensando nisso, nas últimas semanas do mês de maio de 2016, no Colégio Estadual Professor João Ricardo Von Borell du Vernay, os alunos do PIBID de biologia confeccionaram um painel explicativo, contendo os tipos de violência que podem ocorrer tanto dentro como fora da escola, bem como os números utilizados para denúncia nacional e estadual e do conselho tutelar. O painel foi exposto no muro do Colégio em um local bem visível, com o intuito de chamar a atenção dos alunos.
Os tipos de violência abordados foram:
• Violência Física: acontece quando o agressor pratica uma omissão ou uma ação que coloque em risco fisicamente o agredido, podendo ser com força física e/ou com armas que sejam capazes de mutilar o corpo da vítima de várias maneiras causando dor e hematomas corpóreos.
• Violência moral: podendo não deixar marcas físicas no corpo, a violência moral prejudica o psicológico, deixando enormes cicatrizes na alma. Esse tipo de agressão pode ser uma calúnia, que é apontar um falso ato para o agente agredido, a difamação, que é quando o agente agressor aponta atos que prejudicam a reputação da vítima e a injúria, que é reconhecida quando a dignidade do agente agredido é ferida.
• Violência sexual: esse meio de violência é identificado quando a vítima afirma que está sendo agente de atos sexuais não desejáveis, participando de modo ativo ou passivo, ou seja, quando está mantendo relação sexual, assistindo alguém se relacionar sexualmente, usar contraceptivos indesejavelmente, ser forçada a qualquer ato sexual, assédio, comercialização de sua sexualidade, entre outros, que são feitos contra a vontade do agredido. 
Figura 01: Painel de Combate a violência que foi exposto no Colégio Estadual Professor João Ricardo Von Borell du Vernay.
Fonte: acervo pessoal dos alunos.

GONÇALVEZ, Maria Augusta S. et al. Violência na escola: Práticas educativas e formação do professor. Cadernos de Pesquisa, São Leopoldo, v. 35, n. 126, p.635-658, set./dez. 2005 .
LATERMAN, Ilana. Violência na escola. Disponível em: < http://www.portalanpedsul.com.br/admin/uploads/1998/Educacao_e_questoes_de_cultura/Trabalho/09_37_41_VIOLENCIA_NA_ESCOLA.pdf>. Acesso em: 06/09/16.
SANTOS JUNIOR, Luiz Carlos. Formas de violência nas escolas. Revista Científica da Fundação Educacional de Ituverava: Nucleus, Ituverava, v. 11, n. 2, p.134-146, out. 2014.
Texto redigido por: Isabela Cogo, Lucas Teixeira e Tainá Bobato Stadler.
Publicado por: Isabela Cogo.

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

0 comentários:

Postar um comentário